Durante discurso na tribuna da Câmara Municipal de Diadema, o vereador Juninho do Chicão fez uma defesa enfática do projeto de reestruturação administrativa proposto pelo Executivo, destacando a criação de cargos estratégicos como secretários adjuntos e chefes de gabinete. Segundo ele, a medida visa melhorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. “Esse projeto traz aqui hoje, senhoras e senhores vereadores, é reformular toda a estrutura da nossa prefeitura, estrutura essa que antigas gestões não tiveram coragem de fazer”, afirmou.
Juninho iniciou sua fala com uma crítica à incoerência de parte da classe política e da sociedade, ao comparar a proposta municipal com a ampliação de ministérios realizada pelo presidente Lula. “Quando assumiu o comando desse país, saiu de 22 ministérios e subiu para 37. Eu não vi a revolta, ninguém falando ‘vamos às ruas’. Então, faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço?”, provocou. O vereador ressaltou que é preciso ter responsabilidade em todas as esferas e que a cidade de Diadema também merece qualidade no serviço público.
O parlamentar também abordou distorções na área da educação, como a ausência de formalização do Centro de Formação Integral da Escola de Aplicação Memorial da Educação, o que, segundo ele, gera insegurança jurídica e dificulta a contratação de profissionais capacitados. “Já foi feita uma correção inclusive salarial. Estamos criando cargos que não haviam sido instituídos nas últimas leis”, explicou.
Sobre o impacto financeiro da proposta, Juninho garantiu que o projeto está compatível com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Tem aqui o impacto orçamentário, está no projeto. Foi feito com prosperidade, responsabilidade e economia de despesas”, reforçou. Ele também destacou que a criação de cargos permitirá substituições legais e temporárias de secretários em casos de ausência, além de melhorar a coordenação de políticas públicas e o diálogo com a população.
Encerrando sua fala, o vereador fez uma reflexão sobre o jogo político e a importância da transparência. “Quem não tem voto tem que gritar mesmo. Já beirei muito aí, tá tudo certo, faz parte do jogo. Quem não tem cão caça com gato. Nós temos tranquilidade e responsabilidade de defender qualquer tipo de projeto aqui, porque temos transparência e compromisso com a população”, concluiu.
