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Tarifa zero em Diadema elevaria gasto com transporte em 400%
Projeto que tramita na Câmara Municipal ignora dívidas bilionárias e diferenças estruturais com São Caetano do Sul
Por Rádio Serraria
Publicado em 09/10/2025 19:14
Diadema

A proposta de implantação da Tarifa Zero em Diadema, atualmente em tramitação na Câmara Municipal, é considerada economicamente inviável diante do impacto que causaria nas finanças públicas. 

Hoje, a Prefeitura gasta cerca de R$ 6 milhões mensais com subsídios ao transporte coletivo, cobrindo aproximadamente 20% do custo total da operação. 

Se a gratuidade fosse adotada, o município teria de arcar com os R$ 30 milhões mensais que representam o custo integral do sistema — um aumento de 400% nas despesas, totalizando R$ 360 milhões por ano

Embora a previsão de arrecadação para 2026 seja de R$ 3,34 bilhões, Diadema enfrenta um cenário fiscal delicado, com dívidas de quase R$ 1 bilhão com a União, R$ 1,2 bilhão com o IPRED (Instituto de Previdência de Diadema) e cerca de R$ 500 milhões com credores diversos.

A previsão de gastos da Prefeitura para 2026 inclui não apenas despesas correntes com saúde, educação, infraestrutura e transporte, mas também a amortização das dívidas acumuladas ao longo das gestões anteriores. Desde o início do mandato, o prefeito Taka Yamauchi tem conduzido um esforço hercúleo de contenção de gastos, revisando contratos, cortando despesas não essenciais e otimizando recursos — tudo isso sem interromper obras em andamento nem comprometer os serviços de zeladoria urbana.

Esse equilíbrio entre austeridade e entrega de resultados tem sido reconhecido pela população: segundo levantamento recente do Instituto Paraná Pesquisas, Taka Yamauchi conta com 72% de aprovação popular após apenas nove meses de gestão.

Além disso, Diadema possui 24 linhas municipais de ônibus, que percorrem distâncias significativamente maiores do que as seis linhas operadas em São Caetano do Sul, sempre apontada como exemplo regional neste tipo de operação. 

A cidade vizinha, com população duas vezes menor, arrecadará cerca de R$ 1,8 bilhão em 2026, tem despesas estimadas em R$ 1,5 bilhão e mantém dívidas sob controle, com previsão de economia de até R$ 150 milhões. Consegue bancar com certa tranquilidade os pouco mais de R$ 3 milhões mensais gastos com o transporte municipal gratuito, valor 10 vezes menor do que aquele calculado para Diadema

A população de São Caetano tem maior poder aquisitivo, e as empresas locais recolhem mais impostos, o que garante uma situação fiscal mais saudável. Com menor demanda nos sistemas de transporte e saúde, São Caetano consegue sustentar a gratuidade sem comprometer sua estabilidade financeira — realidade bem diferente da enfrentada por Diadema. (Com informações do Diário do Grande ABC e do Portal da Transparência Diadema)

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