Durante discurso na tribuna da Câmara Municipal , o vereador Cabo Ângelo alertou nesta quinta-feira (16) para a grave defasagem no efetivo da Polícia Militar em Diadema. Segundo ele, a 1ª Companhia da PM atende cerca de 202 mil moradores com apenas três viaturas por turno. “É impossível proteger essa população com apenas seis policiais por plantão”, afirmou o parlamentar, destacando a sobrecarga enfrentada pelos agentes e a sensação de insegurança da população, especialmente nos fins de semana.
Na administração anterior, Diadema contava com cerca de 180 agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) e um efetivo da Polícia Militar que girava em torno de 150 policiais. Atualmente, segundo o vereador, o número de PMs em atividade caiu significativamente, com apenas três viaturas operando simultaneamente em algumas regiões. “Mesmo com esse efetivo ridículo, Diadema ficou em quarto lugar no estado em produtividade policial”, destacou Cabo Ângelo, evidenciando o esforço dos profissionais diante da escassez de recursos humanos.
O vereador relatou que levou a demanda ao comandante-geral da PM, coronel Coutinho, solicitando a criação de uma quarta companhia na cidade. No entanto, a resposta foi negativa. “Ele foi categórico: não há nenhuma possibilidade de aumentar o efetivo neste momento”, lamentou Ângelo.
O déficit de policiais é um problema estadual, e a cidade segue com estrutura insuficiente para atender sua população crescente.
Diante da negativa, Cabo Ângelo propôs uma solução alternativa: ampliar o efetivo da GCM, especialmente nas divisas com São Paulo e São Bernardo do Campo, áreas que ele classificou como “cinturões criminais”. “Se a PM não consegue atender, precisamos complementar com a nossa GCM”, defendeu. O vereador reforçou que muitos crimes têm origem ou destino nos bairros limítrofes e que o patrulhamento nessas regiões é essencial para reduzir os índices de criminalidade.